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domingo, 1 de abril de 2012

História da Homossexualidade OcidentaL - Resenha

HISTORIA DA HOMOSSEXUALIDADE OCIDENTAL
Texto de Michael Pollak, do livro de André Béjin  e Philippe Ariès. Material cedido pelo professor André Magnelli, Faculdade de São Bento, Rio de janeiro, via correio eletrônico: Site: http://www.ggb.org.br/cristao.html) acesso em 28/07/2011.

RESENHA - Por Antonio Paulo Mascarenhas França


O Autor cita Michael Pollak, segundo o qual: Mostra o enfraquecimento da proibição da homossexualidade nas nossas sociedades ocidentais. Os Homossexuais formam hoje um grupo coerente, ainda marginal, mas consciente de uma espécie de identidade. Reivindica direitos contra uma sociedade dominante que ainda não os aceita. Os homossexuais estão se fazendo reconhecer, mas há moralistas conservadores para se indignarem com sua audácia.
Uma das teses de Michael Pollak: Existe algo de mais profundo, mais sutil e estrutural, pelo menos a longo prazo: De agora em diante, a sociedade como um todo tende mais ou menos , com resistências, a se adaptar ao modelo da homossexualidade. Esse modelo dominante é o tipo efeminado: o travesti, de voz muito aguda. Os homens que ele ama parecem mulheres, e isso é tranqüilizador para a sociedade. Podem também amar crianças ou meninos muito jovens, que é uma pederastia: é uma relação muito antiga, corresponde à prática tradicional de educação que pode assumir praticas degradadas ou furtivas: amizades em especial pode frisam homossexualidade sem que esta seja  consciente ou reconhecida.
Para Michael Pollak, a vulgata homossexualidade de hoje afasta e rejeita os dois tipos de modelos anteriores: O efeminado e o tipo pedófilo e os substitui por uma imagem machista, esportiva, superviril, embora ela ainda conserve traços da adolescência, como s cintura fina, brincos na orelha, estilo motoqueiro com roupas de couro apertadas, etc., tipos que a mulher tende a se aproximar. A adoção, pela juventude de um modelo físico de origem, sem dúvida homossexual, talvez explique sua curiosidade simpática para com a homossexualidade, da qual, toma emprestadas algumas características, cuja presença ela busca nos locais de reunião, de encontros e de prazer.
Diz o autor: Se a Minha análise é exata, a moda unisex seria então um indicador muito seguro de uma mudança geral da sociedade: a tolerância coma homossexualidade seria proveniente de uma representação dos sexos, não apenas de suas funções, de seus papéis  a nível profissional e familiar, mas de suas imagens simbólicas. A antiguidade clássica não apresenta uma homossexualidade oposta a uma heterossexualidade, mas uma bissexualidade cujas manifestações pareciam comandadas pelo acaso dos encontros e não por determinismos biológicos.
A homossexualidade estava bem separada da heterossexualidade, única pratica normal e admitida, mas era ao mesmo tempo rejeitada e afogada no vasto arsenal de perversidade, comprado aos homens de Sodoma, tidos como atos contra a natureza. No fim do século XVIII e inicio de século XIX o homossexual se torna um monstro, um anormal. O monstro, o anão, a mulher velha, que se confunde com a feiticeira, são ofensas à criação, culpados de serem criaturas diabólicas. Foi essa a maldição que o homossexual herdou no início do século XIX: anormal e perverso.
A Igreja estava pronta a reconhecer a anomalia física que fazia do homossexual um homem-mulher, um homem anormal e sempre efeminado. Desde o final do Século XVIII, a medicina tomou como emprestada a concepção clerical da homossexualidade. O exame do ânus ou pênis bastava para desmascará-los.
Os homossexuais se defendiam, por um lado se escondendo, por outro se confessando; confissões patéticas e cínicas, dignas de pena. Numa segunda etapa os homossexuais abandonam a clandestinidade e a perversão para reivindicar seus direitos de serem abertamente como são. Esse é o modelo viril que substitui o tipo efeminado ou pueril. Esse segundo tipo de homossexualidade exclui as relações heterossexuais, quer por impotência, quer por preferência deliberada. Agora não são mais os médicos e padres que fazem da homossexualidade uma categoria à parte, mas são eles próprios (os homossexuais) que reivindica sua diferença, um lugar a sol.
A história da homossexualidade coloca uma outra questão que é a história da sexualidade. Até o século XVIII, a sexualidade parecia concentrada no campo da procriação, atividades dos órgãos genitais. De um lado havia então o sexual sem mescla e do outro o não sexual, mais puro de toda espécie de contaminação. Atualmente, esclarecidos por Dostoieviski e Freud, sabemos que isto não é verdade, que as pessoas do antigo regime e da idade média estavam enganadas. O não sexual está mesclado de sexual, mais de um sexual difuso e principalmente não consciente.
A partir do século XVIII a barreira entre os dois mundos se tornou porosa: o sexual se infiltrou no não sexual. Temos o hábito de explicar o pan-sexualismo pelo abandono das morais religiosas, etc. Mas é também um fenômeno da consciência, uma das características mais fortes da modernidade. Pan-sexualismo é uma sexualidade difundida por toda parte, um dos aspecto da sociedade contemporânea. Ela está ao mesmo tempo separada da procriação e desembaraças das contaminações sentimentais. Em nossas sociedades antigas a sexualidades estava contida no interior quer da procriação, e então era legítima, quer da perversidade e então era condenada. Nem é fácil diagnosticar a homossexualidade.Não se sabe quem era homossexual e quem não era, de tão anacrônicos ou tão polêmicos.
Os lascivos para São Paulo vem depois dos homicidas. Dante os situa logo à entrada do inferno, imediatamente após o limbo. Para Dante, o circulo está repleto de violentos, mas como a força se exerce contra três pessoas, está divido e construído em três divisões circundantes. Pode-se fazer violência a Deus, a si mesmo e ao próximo. Violência contra o próximo: os ladrões, homicidas e salteadores. Violência contra si próprio: Os homicidas e os  dissipadores. Violência contra Deus: É a mais grave. Negação da divindade no coração e blasfêmia.
Dante não tem repugnância em travar relações com os sodomitas. Logicamente que não se trata de homossexualidade somente de uma inversão ritual e perturbadora, na época das grades folias em que as proibições são anuladas. Uma ambigüidade surge: Existem então homens que não gostam um dos outros? O que dizer dos jogadores que se abraçam depois de marcar um gol? Não são homossexuais, não. O que fazem nos estádios, se fosse no meio da rua, entre os homossexuais chocaria os transeuntes?
Deve-se concluir daí que os estádios de esportes são uma válvula de escape de segurança para a homossexualidade masculina.
Refletiu-se, a partir do texto de Fhilippe Aries  a contextualização histórica da questão da homossexualidade, com embasamento sociológico e antropológico. Não é uma abordagem embasada numa concepção biológica, que atrelaria a sexualidade humana à função meramente reprodutiva, mas sim numa visão mais ampla e abrangente, que leva em conta as suas múltiplas dimensões do ser humano.

Verifica-se que a homossexualidade sempre esteve presente na história da humanidade, sendo que em um primeiro momento, percebe-se que as relações homossexuais não causavam nenhum tipo de estranheza e eram praticadas em várias civilizações, dentre as mais importantes: a Romana, a Grega e a Asiática. Porém com o surgimento de novos entendimentos religiosos e questões de interesse político, a homossexualidade passou a ser vista com outros olhos, sendo condenada por não ser uma prática não natural, em que se passou a perseguir e condenar os seus praticantes, sendo repudiada pela sociedade, que ainda hoje, vê a homossexualidade como um ato imoral e pecaminoso que não merece nenhum tipo de amparo, por considerar os homossexuais como pessoas doentes e que necessitam de tratamento.

Oportuno citar o legislador brasileiro quando colocou na Carta Magna, a Constituição federal, no seu artigo 226, reconhecendo a união estável como entidade familiar. Também isso se encontra ratificado no Código Civil de 2002. Isso abriu precedente e em abril de 2011, o Supremo Tribunal Federal reconheceu, pela primeira vez, a união homoafetiva.
Durante muito tempo, a família legitimamente protegida somente poderia ser constituída através da instituição do casamento, cujo conceito traduz a influência da cultura judaica-romano-cristã”. Agora estamos num contexto onde não é esse somente o único modelo de família que atua em nossa sociedade. Vejamos: o casamento deixou de ser considerado o único modelo legítimo de união entre o homem e a mulher. O inciso III do art. 226 da CF/88, passou a reconhecer como entidade familiar a união estável. Espera o legislador e a sociedade que questões de tamanha relevância venham a merecer o amparo de uma legislação abrangente e sem controvérsias, capaz de oferecer aos cidadãos base legal, condizente com a realidade social hodierna, onde seja erradicado qualquer discriminação e preconceito com os homoafetivos.
Muita polêmica gira em torno do tema “homossexualidade”, do qual vem se questionando se é uma doença, em que a homossexualidade se dá, ou seja, qual sua origem. A verdade é que, a homossexualidade não é algo novo no comportamento humano, não se trata de uma forma “moderna” de viver. A homossexualidade é algo que já existe há muito tempo, ou seja, mesmo antes de Cristo, já se verificava a existência de relações homossexuais.
 Antonio Paulo Mascarenhas França

Um comentário:

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