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quarta-feira, 5 de outubro de 2011

A mulher é o novo homem?

No Brasil, as mulheres representam 60% dos estudantes universitários. Ao mesmo tempo, ocupam mais postos de chefia do que nunca. Nos Estados Unidos, a maioria dos cargos de gerência já pertence à mulherada – que, por outro lado, anda com altos índices de doenças tipicamente masculinas, como hipertensão. Por tudo isso, é o caso de perguntar: A mulher é o novo homem? A repórter especial Nina Lemos, a escritora Marta Góes, a pesquisadora Denise Gallo e o psicanalista Oscar Cesarotto discutem. Se isso de fato for verdade, onde foi que erramos?

25 de Novembro é o Dia Internacional pela Não-Violência contra as mulheres

Ao mesmo tempo que é preciso marcar no calendário uma data para combater esse tipo de barbaridade, não deixa de ser um absurdo ter um dia especial para lembrar que as mulheres ainda continuam sendo vítimas de maus-tratos em todo o mundo. No Brasil, a cada 15 segundos uma mulher sofre algum tipo de agressão. Em compensação, essa mesma mulher leva de 10 a 15 anos para denunciar o seu algoz, acuada por medo, vergonha ou seja lá o que for. Subjugada à vontade masculina ou mutilada em nome de costumes milenares, estima-se que sete em cada dez mulheres vítimas de homicídio em todo o mundo foram assassinadas por seus companheiros. As histórias de mulheres por trás das estatísticas aqui são contadas por familiares que pedem justiça e paz.



Sandra Gomide, 32
Um tiro nas costas, outro no ouvido. Sem chance de defesa, a jornalista Sandra Gomide foi assassinada em 20 de agosto de 2000. O acusado é o também jornalista Antônio Marcos Pimenta Neves, ex-diretor de redação do jornal 'O Estado de S. Paulo'. O crime ocorreu em um haras de Ibiúna (SP), perto da chácara da família Gomide. Réu confesso, Pimenta ficou preso alguns meses, mas hoje aguarda o julgamento em liberdade. Quem conta é João Gomide, 65, pai de Sandra.

''Minha filha e Pimenta namoraram dois anos escondido. Quando eu soube, não gostei porque ele tinha idade para ser o pai dela, mais de 60 anos. Mas ela era independente, acabei aceitando. Foram quatro anos de namoro, antes do rompimento. Ele não aceitou a separação e chegou a ir à casa dela para agredi-la. Nesse dia, bateu na minha filha. Registramos queixa na polícia, o IML constatou a agressão. Mas depois Pimenta veio me pedir perdão. Sandra não queria confusão e eu o tratei da melhor forma possível. Um dia antes, ele almoçou comigo na chácara. Apareceu de um jeito amigável. Eles não estavam mais namorando. Pimenta sentou-se à mesa com a gente, Sandra fez o prato dele. Pimenta continuava inconformado com a separação e, nesse dia, pedi que ele a deixasse em paz. Acho que Pimenta já tinha planejado tudo. Perdi uma jóia há quatro anos. São quatro anos de agonia. Meu sentimento é de vingança.'
''Um dia antes do crime, Pimenta almoçou com a gente na chácara
e parecia amigável''
JOÃO GOMIDE


Camila Duarte, 22
1° de setembro de 2003. Camila, vendedora da loja C&A do shopping Center Norte (SP), trabalhava quando foi atingida por um tiro de revólver calibre 38. Morreu na hora. Com a mesma arma, o estudante Higor Catirsi, de 22 anos, autor do primeiro disparo, atirou contra a própria cabeça. Morreu no dia seguinte. Ninguém sabe como ele conseguiu a arma, que estava sem registro. Aida Parlini Duarte, 24, irmã de Camila, se arrepende de nunca ter acionado a polícia para impedir que o ciúme de Higor acabasse em tragédia.

''Eles namoraram quase dois anos, mas era um namoro que acabava e recomeçava. Higor tinha um ciúme bárbaro da Camila. Implicava com as roupas, não queria que ela conversasse com outro rapaz e, quando já estavam separados, perseguia a minha irmã pelas ruas. A gente não achava aquele comportamento normal e falava com ele, com a família dele, mas não adiantava. Higor dizia que amava Camila, que tinha medo de perdê-la. No dia do crime, a mãe do Higor me telefonou, queria saber se eu o tinha visto. Ela me disse que, junto com o marido, estava conversando com o filho para que ele deixasse Camila em paz. Minha irmã andava nervosa com o assédio dele. A gente queria acionar a polícia, mas Camila achava que isso iria prejudicar a carreira dele, que era estudante de Direito. Pecamos nisso. Três dias antes da tragédia, Camila contou para Higor que estava namorando outro rapaz. Ela tinha esperança de que ele a deixasse em paz quando soubesse disso. Horas antes do crime, ele telefonou para a minha casa e falou com Luana, minha irmã mais velha. Disse que gostava muito da gente e que sentia falta da Camila. Em seguida, recebemos a notícia. Mantemos contato com a família dele. Os pais são pessoas boas, não têm culpa pelo que aconteceu. Mas não tenho espaço interno para ter dó ou saudade dele. De um jeito ou de outro, vai pagar pelo que fez.'
''Não tenho espaço interno para ter dó dele. De um jeito ou de outro,
Higor vai pagar pelo que fez''
AIDA PARLINI DUARTE


70% das mulheres vítimas de assassinato no mundo foram mortas por seus próprios maridos


segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Conceitos do Módulo 2

No modulo 2, os textos ressaltam a importância fundamental da compreensão da sociedade desigual e preconceituosa que temos. A partir desse módulo, destacamos os seguintes conceitos:

 Afazeres domésticos: Tarefas executadas em casa pela mulher, e atualmente fazem parte da vida também dos homens.

Declaração dos Direitos da Mulher e da Cidadã: Propõe igualar os direitos da mulher ao do homem.

Desigualdades salariais: A mulher ganhar menos que o homem, mesmo ocupando cargos iguais.

Direitos reprodutivos: Diz a respeito da garantia do direito ao pleno exercício da sexualidade e da reprodução. 

Direitos sexuais: Esta relacionada ao direito à saúde, legitima o direito de cada pessoa a que seu corpo, seu desejo e seu direito de amar sejam reconhecidos e respeitados.

Divisão sexual do trabalho: Divisão do trabalho social decorrente das relações sociais de sexo, adaptada com a cultura da sociedade.

Educação primária feminina: Era baseada na moral e social, preparava a mulher para ser mãe ou esposa.

Educação secundária feminina: Embasava na restrição, a mulher podia fazer somente o magistério.

Emancipação Feminina: Direitos que a mulher conseguiu e continua perante a sociedade.

Feminismo Liberal: Surgiu com a Resolução Francesa que reinvidicou a extensão dos direitos políticos a mulher por meio de sua inclusão a cidadania, e ao longo do século foram surgindo à defesa dos direitos das mulheres ao acesso à educação publica, questões sócias ligadas à família e principalmente a maternidade e o direito ao trabalho.

Feminismo marxista: Defende a eliminação do capitalismo e a implantação do socialismo como forma de libertação das mulheres, isto é, a dependência da mulher é vista como uma forma de opressão mantida pela classe dominadora e pelos interesses capitalistas.

Gênero: O modo como a sociedade constrói representações sobre ser homem e ser mulher.

Hiato de gênero: Diferença entre homens e mulheres que decorre de condições sociais.

Identidade de gênero: É a imagem que cada pessoa construí de si mesma, e como cada um se define e se vê sendo  homem ou mulher.  
Lei Áurea (1888): Lei que extinguiu a escravidão no Brasil.

Lei nº9.029/1995: Esta lei  proíbe  discriminação contra a mulher na legislação trabalhista.

Lei nº 10.224/2001- Lei do Assédio Sexual: Esta lei determina ser crime constranger alguém com o intuito de obter vantagem, fazendo prevalecer ser superior no exercício do emprego, cargo ou função.

Lei nº10.778/2003 – Esta lei notifica os casos de violência contra a mulher.

Marcha das Margaridas: O movimento visa garantir e ampliar as conquistas das mulheres do campo.

Movimento de LGBTT: Movimento de luta contra a discriminação e de defesa dos direitos de Lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais.

Movimento de Mulheres Indígenas: Movimento da Luta pelos direitos das Mulheres nos povos indígenas.

Movimento de Mulheres Jovens: Movimento na luta contra o sexismo e a presença igualitária nos espaços sociais e políticos.

Movimento de Mulheres Lésbicas: Movimento na luta contra a discriminação e os preconceitos que atingem as diferentes minorias sexuais.

Movimento de Mulheres Negras: Movimento na luta contra o sexismo e o racismo nos diversos contextos.

Movimento de Trabalhadoras Urbanas: Movimento na luta pela ocupação no mercado de trabalho e aos direitos trabalhistas das Mulheres.

Movimento de Trabalhadoras Rurais: Movimento na luta pelos direitos, melhores condições de trabalho e acesso aos meios de produção das Mulheres no campo.

Movimento Feminista: Movimento político cuja meta é conquistar a igualdade de direitos entre homens e mulheres, isto é, garantir a participação da mulher na sociedade de forma equivalente à dos homens.

Movimento Operário: Movimento de trabalhadoras em busca da defesa de seus próprios interesses em relação ao trabalho.

Movimento sufragista: Movimento que visa à luta por melhores condições de trabalho e o direito à cidadania.

Orientação sexual: é à atração que se sente por outra pessoa, e envolve também questões sentimentais, e não somente sexuais, isto é, refere ao sexo da pessoa, opção sexual.

Panorama conceitual. Evidencia-se com clareza a definição de gênero e sexo.
Previdência: Na previdência social a mulher a cada dia vem reduzindo a iniquidades de gênero.

Sexo: Diz respeito às características físicas e anatômicas dos corpos.

Sexualidade: Esta relacionada com a busca de prazer, descoberta das sensações proporcionadas pelo contato ou toque, atração por outras pessoas (de sexo oposto e/ou mesmo sexo) com intuito de obter prazer pela satisfação dos desejos do corpo, dentre outras características.

Trabalhadoras do Sexo: Mulheres que fazem do sexo o seu sustento.

Trabalho produtivo: É o trabalho que gera renda em casa, e atualmente a maioria das mulheres estão sendo o provimento da família.

Violência doméstica: Abuso físico praticada em casa com a mulher ou no âmbito familiar.

Violência simbólica: Violência sutil e invisível que é percebida pelo o modo de ver, a maneira de valorar, o processo de aquisição do dominador ( homem) sobre a mulher.



Referência Bibliográfica
ARAUJO, Francisca. Socorro. Feminismo (2007). Disponível em < http://www.infoescola.com/sociologia/feminismo> acesso em 11 de agosto de 2011.

CARDOSO, Fernando Luis. O Conceito de Orientação Sexual na Encruzilhada entre Sexo, Gênero e Motricidade. Revista Interamericana de Psicologia.  2008, Vol. 42, Nº.1 pp. 69-79. Disponível em <www.psicorip.org/Resumos/PerP/RIP/RIP041a5/RIP04208.pdf > acesso em 13 de agosto de 2011.

FAVERO, Cintia. O que é sexualidade. (2007). Disponível em <www.infoescola.com › Sexualidade> acesso em 12 de agosto de 2011.
HEILBORN, Maria Luiza; ARAUJO, Leila; BARRETO, Andréia (Orgs).Gestão de políticas públicas em gênero e raça/GPPGR: módulo 2.Rio de Janeiro: CEPESC;Brasília: Secretaria de Políticas para as Mulheres, 2010.
KERGOAT, Danièle. Divisão sexual do trabalho e relações sociais de sexo. (2003). Disponível em < www.santosbancarios.com.br/mulheres/adivisaosexualdotrabalho.pdf > acesso em 11 de agosto de 2011.

domingo, 2 de outubro de 2011

GPPGR - Modulo 2, unidades 1 e 2.

por Antonio Paulo Mascarenhas França
Gênero e sexo

Os textos propostos para estudo nesse módulo são de uma importância fundamental para a compreensão da sociedade desigual e preconceituosa que temos. O primeiro conceito apresentado nesta unidade 1, do 2º Módulo é: O panorama conceitual. Neste conceito evidencia-se com clareza a definição de gênero e sexo. Gênero diz respeito ao modo como nossa sociedade constrói representações sobre ser homem e ser mulher. Sexo diz respeito às características físicas e anatômicas dos corpos. Os estudos de gênero evidenciam a possibilidade de reverter injustiças e construir um horizonte equânime na relação entre homens e mulheres para termos uma sociedade equilibrada nas relações de gênero.

Trajeto cultural de quem nasce

A condição masculina na Sociedade é outro conceito apresentado na unidade 1 e que Na cultura Ocidental até pouco tempo e na cultura Oriental até hoje, o desempenho que a sociedade, de modo geral, espera da mulher, em razão do seu papel feminino é principalmente a submissão, a recepção de ordens sem questionamentos, sem reações emotivas e a sua permanência na esfera privada. Entende-se por esfera privada o trabalho doméstico das mulheres e/ou a sua inteira dependência do marido ou do homem na relação de desigualdade salarial. Nesse caso, A situação machista exime a mulher do seu papel social.  Fato é que a divisão dos papéis sociais é determinada por fatores tanto biológicos como culturais que atuam sobre a vida dos homens e das mulheres. Desde a concepção, os pais já começam a delinear a trajetória de vida de seus filhos.

Entendendo A Nossa Carga Cromossômica

O fator biológico dessa questão é entendido da seguinte forma: após o nascimento, o ambiente familiar, primeiro grupo social do indivíduo, irá reproduzir na criança os interesses culturais do meio onde habita e reforça as diferenças biológicas, transformando-as em características psicológicas que vão influenciar o indivíduo por toda a vida. O mecanismo que determina a diferença sexual, no corpo humano e na maioria dos organismos bissexuais, consiste de um par especial de cromossomos presente nas células que dão origem ao ser humano. A mulher tem dois cromossomos iguais (XX) e o homem tem dois cromossomos diferentes (XY). Logo, o sexo da criança é definido pelo cromossomo do espermatozóide que fecunda o óvulo, ou seja, o cromossomo masculino é que define o sexo do bebê.

Na nossa origem e infância, portanto, é que vai se formando a cultura machista: o feminino é inferir ao masculino. Basta lançar mão do dicionário, veremos que o masculino pode não ter a mesma função que o homem. Vejamos: O Aurélio explica que as principais características do masculino e do viril são a força, o vigor, a rigidez, a viripotência, a robustez e o heroísmo. Na língua portuguesa a palavra homem é utilizada como equivalente à humanidade. Ou seja, o masculino/macho tem uma função reprodutora e de força. Já o homem tem a função de cuidar, amar e progredir.

A Má Interpretação da Bíblia favorece a consciência machista.

É oportuno citar o senso comum, pessoas simples da sociedade e sem muito poder de discernimento técnico e científico que acreditam que as condutas de homens e de mulheres são originadas por uma espécie de programação natural. Deus teria feito o homem com potencialidade para dominar a mulher. Esse é o entendimento do senso comum, que não para de ler a Bíblia. No Brasil temos aproximadamente 70% de católicos e 17% de protestantes. Somando, teremos quase 90% de cristãos/ãs. Isso sustenta a tese de que a má interpretação leitura da Bíblia não está ajudando nesse quesito. Ainda é preciso muito esforço para refletir sobre a diferença entre gênero e sexualidade, os quais são dimensões que integram a identidade pessoal de cada indivíduo. A conduta sexual humana é socioculturalmente determinada e construída. Não é o órgão sexual que determina a ação, mas os aspectos sociais, a sociedade.  

Movimento feminista.

Surgem, enfim, movimentos sociais em prol da igualdade nas relações de gênero e ao respeito às orientações sexuais. O Movimento Feminista surgiu e foi capaz de demonstrar à sociedade que as discriminações incidiam sobre as mulheres, desde a sujeição feminina aos desígnios da autoridade masculina no ambiente doméstico, até as situações de guerra, nas quais as mulheres eram vulneráveis a mutilações, estupros e abusos de toda ordem. Os direitos exigidos e reclamados por grupos de mulheres começaram a representar, no século XIX, bandeiras de luta do nascente Movimento Feminista.

Movimento Feminista com duas facções.

Esse Movimento feminista ganha duas facções ao longo dos séculos XIX e XX. De um lado, o Feminismo Liberal o qual surge com a Revolução Francesa e reivindica a extensão dos direitos políticos às mulheres por meio de sua inclusão no campo da cidadania e também questões sociais ligadas à família (proteção à maternidade) e ao direito das mulheres trabalhadoras. De outro lado, o Feminismo Marxista é uma corrente que defende a abolição do capitalismo e a implantação do socialismo como forma de liberação das mulheres.

Movimento Gay

Outro Movimento que surge e cresce no Brasil é o LGBT, entre fins de 1970 no ano de 1980. Esse movimento nasce e cresce aliado ao movimento negro. Destaca-se aqui, o papel do grupo gay da Bahia, no advento da Cosntituição federal de 1988. Foi esse Grupo que coordenou a campanha pela retirada da homossexualidade do Código de Classificação de Doenças do Inamps. Durante a Constituinte de 1988, da mesma forma, o Grupo Triângulo Rosa teve a iniciativa de articular o movimento homossexual para reivindicar a inclusão da expressão “orientação sexual” na Constituição Federal, no artigo que proíbe discriminação por “origem, raça, sexo, cor e idade” e no artigo que versa sobre os direitos do trabalhador. É nesta conjuntura que também se produz uma maior articulação entre os grupos, celebrando encontros anuais de organizações ativistas e dando origem à Associação Brasileira de Gays, Lésbicas e Travestis (ABGLT) em 1995.

Gênero e Hierarquia Social

A unidade 2, desse mesmo módulo 2, apresenta o tema: Gênero e Hierarquia Social’ e começa por refletir sobre o Corpo e comportamento. Na cultura ocidental moderna, a diferença sexual é entendida como suporte primordial e imutável da identidade de gênero. O que torna o problema agigantado aqui é o fato de conceber-se a diferença sexual como suporte imutável. Ora, em se tratando do ser humano, há que se dá lugar à reflexão do mutável. Pois como diz Jean-Paul Sartre, o homem é um projeto, e como tal, busca, em sua existência, ser essencialmente. No século XIX, (surge) uma nova concepção de modelo reprodutivo, que afirmava a existência de dois corpos marcadamente diferentes e de duas sexualidades opostas. Esta distinção acentuada entre homens e mulheres se institui como parâmetro da normalidade no que se refere ao gênero.

Com esse tema, compreende-se que a tradição imprimiu – e imprime – um jeito machista de relacionamento entre as pessoas. Por isso, concretizou a hierarquia de gênero na sociedade. Daí, a sociedade se organiza, levando em conta que o gênero masculino é superior, dividindo o trabalho de forma desigual e, consequentemente, de percepção salarial inferior para o gênero feminino - e também para os/as afro-descendentes. Isso implica em novas formação moral machista nas famílias, pois a cultura é consagrada a partir da vivência em família, que se torna a célula mãe da sociedade.

O que dizer dos/as negros/as? Essa é uma porção de povo que carregado de estereótipo impregnado pela cultura racial dominadora dos brancos/as. Para estas/es, os negros sempre foram inferiores; o corpo é objeto de exploração sexual - verdadeiros estupros – tanto na Senzala quanto nas famílias, após a Lei Áurea de 1888. Quais as conseqüências disso? Muita discriminação e exclusão racial, o que consagra um prejuízo histórico de direitos e oportunidades para as pessoas negras. De forma que a economia de mercado, bem como as políticas de emprego das/os empresários/as, giram em torno das pessoas, mas privilegiam  pessoas brancas.

        
Uma certeza a acerca da distinção entre corpo e sexualidade da mulher: A dominação política machista e a religião – que por natureza bíblica é machista – consagraram histórica e cientificamente tal distinção. Porém, percebe-se que entre as mulheres também é bem acentuado essa questão, pois a mulher negra foi considerada a criada – serva – da mulher branca.  Ao mesmo tempo que o homem branco era o senhor da sua esposa – que é mais adequado dizer que era sua mulher – essa mulher-esposa era a senhora das mulheres negras. Aqui, um imenso paradoxo surge entre elas. Paradóxo entre as mulheres, afirmação machista entre os homens.

Hoje, com a mulher em ascensão, já existem políticas públicas para a igualdade de gênero e também para a erradicação da discriminação racial. Os concursos públicos são formas de consolidar essa igualdade. No âmbito privado, ainda é lento esse avanço, mas já existe política estabelecida para essa finalidade, até por força do ministério do trabalho e dos direitos humanos observado por seus gestores.

Mulheres capixabas realizam marcha no centenário do 8 de março

O Dia 8 de Março é considerado o marco mundial da luta pela emancipação das mulheres. Após um século de mobilizações por igualdade de direitos e melhores condições de vida, ainda persistem inúmeras desigualdades, fato que mobiliza diversas organizações e movimentos para a continuidade dessa luta. No Espírito Santo, a data foi marcada por uma Marcha, que saiu da Pracinha de Jucutuquara, em Vitória, em direção ao Palácio Anchieta, na segunda-feira (08/03).
As mulheres capixabas estavam mobilizadas pelo fim da violência e do racismo, contra a mercantilização do corpo feminino e contra as transnacionais, os latifúndios e a monocultura e em busca de políticas públicas específicas eficazes. Além disso, também pautaram a redução da jornada de trabalho.
“A principal conquista das mulheres em um século de lutas foi a saída da esfera privada para a vida pública, o que foi garantido pelos direitos civis e políticos, como o direito ao voto, o acesso à educação, a regulamentação dos direitos no mercado de trabalho”, explicou Edna Calabrez Martins, integrante do Fórum de Mulheres do Espírito Santo.
No entanto, ela ainda disse que, em pleno século XXI, persistem as desigualdades nas relações de gênero em todos os espaços.  “O trabalho das mulheres é desvalorizado monetariamente e a representação feminina nas instâncias de poder ainda é muito pequena”, afirmou Edna, que ressaltou que a luta neste dia é necessária, pois ainda não foi efetivada a igualdade nas relações entre mulheres e homens.

Imagem Ativa
Mulheres caminham em direção ao Palácio Anchieta

Origem da data remonta às lutas das mulheres operárias no início do século XX
Um dos principais acontecimentos que estão na origem do Dia Internacional da Mulher é a greve de operárias que ocorreu numa fábrica em Nova Iorque, em 1857. Nessa ocasião, 129 mulheres que ocupavam o local de trabalho morreram queimadas devido a um incêndio provocado por seus patrões.  Esse fato, especificamente, obteve repercussão mundial, mas estudos feministas apontam que greves de mulheres operárias ocorreram entre o final do século XIX e início do século XX em diversos países, o que indica que a luta das mulheres por melhores condições de trabalho nasceu diante de um conjunto de acontecimentos que marcaram esse período.

Mais Mulheres no Poder Brasil

O site www.maismulheresnopoderbrasil.com.br está no ar desde setembro de 2008 e faz parte da Campanha “Mais Mulheres no Poder: Eu assumo este compromisso!”, iniciativa do Conselho Nacional dos Direitos da Mulher, do Fórum Nacional de Instâncias de Mulheres de Partidos Políticos e da Secretaria de Políticas para as Mulheres.
Neste site é possível encontrar estudos, artigos, pesquisas e dados estatísticos sobre a atuação e participação das mulheres nos diversos campos da política e da sociedade.
Acompanhe os resultados obtidos nestas pesquisas e se surpreenda com a força das mulheres!http://www.maismulheresnopoderbrasil.com.br/

Municípios debatem Políticas Públicas para mulheres em Guaçuí

Qua, 03 de Agosto de 2011 16:31

A Prefeitura de Guaçuí, através da Secretaria
 Municipal da Ação Social, em parceria com
as Secretarias da Assistência Social dos
 Municípios de Apiacá,Bom Jesus do Norte,
Dores do Rio Preto e São José do Calçado                
realizaram na terça-feira (2), a 2ª Conferência
Regional de Políticas Públicas para as Mulheres.
O evento teve início às 8h30, no Centro de
Referência da Assistência Social (Cras).
Durante a abertura estiveram presentes o
vice-prefeito de Guaçuí, Marcos Antonio Viana;
o chefe de Gabinete do Prefeito, Cloves
Francisco de Souza; o secretário da Ação
Social de Guaçuí, João Fernando de Faria;
e demais secretários municipais; o vereador
Thayro Zini; a representante do Cras,
Ivane Alves; o representante dos conselhos
municipais, Jorge Luiz Graça Couto; o
grupo da Terceira Idade “Alegria de Viver”,
servidores públicos e pessoas da comunidade.
 Estiveram presentes, também, os secretários
de Assistência Social e representantes
 dos Municípios participantes e, também,
a coordenadora do Conselho Estadual
de Defesa dos Direitos da Mulher (Cedimes),
Eusabeth Vasconcelos, que palestrou
durante o evento, sobre políticas para as
mulheres.A conferência teve como objetivo,
 discutir e elaborar políticas públicas voltadas
à construção da igualdade, tendo como
 perspectiva o fortalecimento da autonomia
econômica, social, cultural e política das
mulheres. Contribuindo assim, para a
erradicação da extrema pobreza e
para o exercício pleno da cidadania das
mulheres, e, ainda, eleger delegados(as)
municipais e/ou regionais para a
3ª Conferência Estadual de Políticas
Públicas para a Mulher.
Continue lendo a reportagem:
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205:municipios-debatem-politicas-publicas-
para-mulheres-em-guacui&catid=103:
noticias-da-secretaria-de-acao-social&Itemid=2




Secretaria de Políticas para as Mulheres

A Secretaria de Políticas para as Mulheres estabelece políticas públicas que contribuem para a melhoria da vida de todas as brasileiras e que reafirmam o compromisso do Governo Federal com as mulheres do país.
Percorrendo uma trajetória transversal em todo o governo federal, de modo a estabelecer parcerias com diversas instâncias governamentais, a SPM enfrenta as desigualdades e diferenças sociais, raciais, sexuais, étnicas e das mulheres deficientes.
A SPM trabalha com as mulheres, para as mulheres e pelas mulheres.
A Secretaria foi criada através da Medida Provisória 103 (veja a íntegra no rodapé da página), no primeiro dia do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, para desenvolver ações conjuntas com todos os Ministérios e Secretarias Especiais, tendo como desafio a incorporação das especificidades das mulheres nas políticas públicas e o estabelecimento das condições necessárias para a sua plena cidadania.
Segue o link para todos acompanharem as realizações da SPM:   http://www.sepm.gov.br/

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