Powered By Blogger

sábado, 10 de dezembro de 2011

Governo e Movimentos Sociais debatem Políticas Públicas Específicas para os Negros



Fotos Thiago Guimarães/Secom-ES
Renato Casagrande já indicou os três secretários que serão os interlocutores oficiais do Governo no grupo de trabalho

O governador Renato Casagrande e o vice-governador Givaldo Vieira receberam representantes de diversos movimentos negros do Espírito Santo para um café da manhã em comemoração à Semana da Consciência Negra, na manhã desta quinta-feira (24), no Palácio Anchieta. Durante o encontro, foi aprovada a proposta da criação de um grupo de trabalho permanente para debater as políticas públicas específicas, composta por membros do Governo e dos movimentos sociais.
Também participaram do encontro o secretario de Governo Robson Leite,da Assistência Social Rodrigo Coelho, e do Conselho Municipal do Negro (Conegro - Serra), União de Negros pela Igualdade (Unegro – Vitória) (Vitória), PMDB Afro, Conselho de Igualdade Racial de Cachoeiro de Irapemirim, Conselho do Movimento Negro do PSB, do Grupo de Estudos Afrobrasileiro do Ifes, da Pastoral do Negro e da Secretaria Nacionaldo Movimento Negro.
Governo e movimentos sociais debatem políticas públicas específicas para os negrosGoverno e movimentos sociais debatem políticas públicas específicas para os negros





"Esta é a nossa primeira reunião de trabalho com pauta aberta. Temos diversas políticas públicas em andamento, conectadas às demandas dos movimentos negros, mas vamos debater também as reivindicações especificas neste grupo de trabalho permanente, a fim de aperfeiçoar a atuação do Estado e de atender aos anseios dos movimentos negros capixabas", destacou o governador, que nomeou os secretários Robson Leite, Rodrigo Coelho e Luiz Carlos Cicilioti, da Casa Civil, como interlocutores oficiais da gestão estadual.
Governo e movimentos sociais debatem políticas públicas específicas para os negrosGoverno e movimentos sociais debatem políticas públicas específicas para os negros
Governo e movimentos sociais debatem políticas públicas específicas para os negrosGoverno e movimentos sociais debatem políticas públicas específicas para os negros


Dentre os assuntos debatidos no encontro, destacam-se a composição de uma estrutura administrativa para as políticas públicas destinadas aos negros, segurança, preconceito racial, a situação da mulher e dos jovens negros e o desafio de eliminar as desigualdades. O governador também recebeu o documento elaborado na Assembleia do Movimento Negro Capixaba, com as principais reivindicações destacadas pelas entidades e representantes dos movimentos negros.

Informações à Imprensa:
Assessoria de Comunicação
Governo do Estado do ES
Rodolfo Harckbart
27 9945-7534
rodolfo.leal@seg.es.gov.br

Fonte: http://www.es.gov.br/site/noticias/show.aspx?noticiaId=99726077

Postado por Núria Rodrigues Costa e José Lopes Junior

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Monumento Guerreiro Zulu

O movimento negro capixaba conquistou, em março de 2006, em Vitória - ES, o Monumento Guerreiro Zulu. A conquista foi dura, enquanto o movimento negro se dividia, de um lado, por influências partidárias e do outro, por vaidade de lideranças. O Estado do Espírito Santo, a coisa foi diferente. O movimento negro autônomo, através do Fórum Estadual de Entidades Negras organizou e realizou duas (2) Marchas Estaduais Zumbi + 10, em maio e novembro de 2005, tendo como resultado esse monumento, que hoje é orgulho de todos/as negros/as capixabas e brasileiros/as.




 
Fonte: http://www.cecun.org.br/atuacao.htm

Postado por Katiane Fabres Cunha.

São Mateus - Cidade turística do Norte do Espírito Santo

São Mateus é a cidade com a maior população afrodescendente do estado do Espírito Santo. Os afrodescendentes estão na política, no comércio, nas roças e na cidade construindo bairros e contribuindo com sua forma de ser e fazer para a economia local.

Os escravos africanos que viviam em São Mateus foram trazidos de Angola e Guiné, das nações Bantu, Benguela, Cabidela. Foram utilizados nos trabalhos nas lavouras, principalmente para a produção de farinha de mandioca.

A população afrodescendente mateense é responsável pelas festas mais antigas da região norte do estado, destacando-se dezenas de grupos artísticos e religiosos como ao ticumbi, jongo, marujada, congo, etc. A cultura da farinha e do beiju é oriunda das estratégias de resistência ao sistema escravista garantindo autonomia econômica e política aos escravos.

O tráfico de africanos escravizados perdurou
 no Porto de São Mateus onde eram comercializados e encaminhados para as diversas fazendas da região. O último carregamento clandestino de negros na costa brasileira aconteceu na barra do Rio São Mateus, em 1856.

A história registra a resistência ao sistema escravista com inúmeras fugas e consolidação de quilombos na região norte do município. A busca de emancipação foi além da liberdade concedida pela Lei do Ventre Livre, a Lei dos Sexagenários e a Lei Áurea. Por meio da constituição dos quilombos, doações e compra de terras a memória dos mais velhos indica um tempo de liberdade e bonança, longe da dominação escravista.
A perseguição aos quilombolas foi uma das marcas de todo o sistema colonial, alcançando o século XX e XXI, dado a expulsão de seus territórios pelo agronegócio a partir da década de 1960 e eliminação das fontes naturais de produção e reprodução de sua cultura.

Atualmente a região denominada Sapê do Norte, composta por mais de trinta comunidades quilombolas, etá empenhada em retomar seus territórios tradicionalmente ocupados e dar continuidade a seu processo de emancipação.

IndígenasNa formação do povo mateense, há a presença marcante da cultura indígena. Hábitos como o de banhar-se diariamente ou então o do consumo de derivados da mandioca são de origem indígena. Utensílios como a esteira, a rede e uma infinidade de artefatos para a pesca, além da habilidade com a cerâmica também possuem a mesma origem. Já os residentes na área rural, 53,20% eram do sexo masculino e 46,80% do sexo feminino.

É comum encontrar nas principais famílias mateenses matriarcas de origem indígena, visto que os primeiros colonizadores viram-se obrigados, para povoar essas terras, miscigenar-se com os nativos.

Postado por Núria Rodrigues Costa.

Chico Pombo - O arrulho pelas ruas da cidade

A história de Chico Pombo - um ex-escravo que após ser alforriado andava pelas ruas de São Mateus arrulhando feito um pombo - está ligada a um dos mais perversos crimes praticados na região, quando uma sinhazinha se apaixonou por um escravo de propriedade de seu pai, inscrevendo-se na páginas das histórias dos amores impossíveis com uma versão popular recheada de ódio, perseguição e crueldade jamais vistos em toda a região do Vale do Cricaré.

O farmacêutico Roberto Silvares - que recebera o ofício do pai e que durante meio século manteve uma farmácia na Ladeira do Ricardo, também conhecida como São Gonçalo, que ligava o Porto à Cidade Alta - perdia horas relembrando o que ouvira dos mais velhos, notadamente dos "pretos antigos, ex-escravos que vinham consultar-se e, na puxada da conversa, acabavam contando o que sabiam sobre os casos ocorridos na espreguiçadeira, sempre rodeado de amigos e correligionários. "Pode ser que nem tenha acontecido desse jeito, mas o povo falava com convicção sobre o acontecido, e Chico Pombo viveu muito tempo arrulhando pelas ruas, como uma prova irrefutável", afirmava.



















Acompanhe toda a interessante história de Chico Pombo no link: http://www.seculodiario.com/negros/pombo/index04.htm

Postado por Núria Rodrigues Costa.

Mulher Negra Luta e Fé - Séculos XVI a XIX

Profa.Dra.Helena Theodoro

  A mulher Negra nos quilombos
Os quilombos eram formados em regiões afastadas das unidades de produção e dos aparelhos militares escravistas. Caracterizavam-se pela dimensão pan-africanista de sua luta, implantando e expandindo os valores negro-africanos e se constituindo como referência da resistência contra o escravismo colonialista, dando nas Américas, continuidade ao processo de guerra de libertação africana. Aqui no Brasil, por volta de 1600 começa a se constituir o reino negro doas Palmares, em Alagoas, que se tornaria até 1695 no maior quilombo das Américas. Palmares chegou a se estender por 27 quilômetros e era formado por florestas tropicais, pelas quais passavam inúmeros rios.                                                               Algumas mulheres se destacaram na afirmação sócio-existencial negra, que foram os quilombos. Uma delas foi AQUALTURE, líder do Quilombo dos Palmares. Era princesa na África, filha do rei do Congo, vendida como escrava para o Brasil. Organizou sua fuga e de outros escravos para Palmares e ao lado de Ganga Zumba, iniciou o processo de organização do Estado de Palmares. Chefiou uma das povoações que levava seu nome: Mocambo de Aqualtune.                                           Outro nome que se destaca é o de TERESA DO QUARITERÊ. Teresa foi Rainha do Quilombo Quariterê durante duas décadas, no século XVIII. Teria nascido em Benguela, Angola, embora exista a possibilidade de ter nascido mo Brasil. Liberou um grupo de negros e índios instalados próximos a Cuiabá, não muito longe da fronteira de Mato Grosso com a atual Bolívia. Impôs tal organização a Quariterê que o quilombo sobreviveu até 1770. Contava com um parlamento, um conselheiro da rainha e um sistema de defesa organizado com armas trocadas com brancos ou roubados nas vilas próximas. Teresa exercia grande controle e influência sobre Quilombo, que contava com uma agricultura de algodão e alimentos muito desenvolvida. Possuía teares com os quais fabricavam tecidos que eram comercializados fora dos quilombos, bem como os alimentos excedentes. Quariterê se caracterizou pelo seu trabalho com a forja, pois transformavam em instrumentos de trabalhos os ferros utilizados contra os negros.
Século XX
Após o termino da escravidão a mulher negra passou a atuar como viga-mestra das famílias e das comunidades negras, arcando com o sustento moral e com a subsistência dos filhos. Saiu da senzala para cortiços, tornando-se mulher da cama e mesa, ora servindo ao seu companheiro, ora servindo o patrão que antes encarnava o papel de senhor, alem de servir à patroa que antes era a sinhá. Por outro lado, todo um dispositivo de atribuições negativas aos negros é criado, com o objetivo de manter o espaço da participação social no país restrito aos estreitos limites da antiga ordem escravista.                                                                                       Atuando no século XX como empregada ou babá, viabiliza a emancipação da mulher branca, por permitir a sua saída de casa para ocupar as universidades e trabalhar nas repartições públicas. Este é o novo quadro da tradicional família brasileira, conseqüência das indústrias e da evolução cultural do país, que criou a emancipação cultural e econômica das mulheres em cidades grandes, onde o serviço de creches é deficiente. Mesmo na família que mantém a divisão de tarefas entre marido e mulher, quem, em geral, executa as tarefas domesticas é a mulher negra.                                                                                                                                                 As mulheres negras foram mucamas, cozinheiras, mães, sacerdotisas, prostitutas, traduzindo sua arte no cotidiano – cozinhando, costurando, bordando, participando de rituais, contando historias, plantando jardins – que enfeitaram nossa infância e embelezaram nossas vidas. Foram mulheres que semearam o campo, tropeçando cegas pela vida, maltratadas pela pobreza, mutiladas, apagadas e confundidas pelo sofrimento. Eram artistas que buscavam uma musica ainda não escrita, na qual a sua força, a sua espiritualidade, o seu AXÉ, aquela coisa desconhecida que existia dentro delas, se tornasse conhecida. E elas esperavam e esperavam... No entanto, sabiam que seus campos de outono, vazios de frutos, iriam chegar ao tempo da colheita, mesmo que fosse num outro tempo, pelas mãos e força de outras mulheres.

A Mulher negra e os movimentos feministas
O movimento feminista no Brasil, não se prendeu ao estupro ou ao mercado de trabalho como o europeu, alargando seus horizontes, passando a situar como alvos de sua luta não apenas os assassinatos ou crimes de sangues, mas também os pequenos “assassinatos do dia-a-dia”.                                                                                   Proliferam, assim, os movimentos específicos de grupos de mulheres, sendo que as primeiras organizações de mulheres negras, segundo Gonzalez (1985), surgem dentro do Movimento Negro, destacando-se a contribuição de Maria Beatriz Nascimento que organizou em 1972, na Universidade Federal Fluminense, a Semana de Cultura Negra, seguida dos históricos encontros nas Faculdades Candido Mendes, que reuniram toda uma nova geração para discutir o racismo e suas práticas, enquanto forma de exclusão da comunidade afro descendentes.
As mulheres negras se destacaram por discutirem o seu dia-a-dia, sendo que em 1975, quando as feministas comemoravam o Ano Internacional da Mulher, elas apresentaram um documento que caracterizava sua situação de opressão e exploração. Os anos seguintes testemunharam à criação de diferentes grupos que a partir de 1979 com o Aqualtune até os nossos dias com Criola, Fala Preta, Casa de Cultura da Mulher Negra, Geledés e muitos outros evidenciam a relação étnico-racial e de gênero, sendo uma amostra nacional das vozes e formas de manifestação da presença de nossas ancestrais entre nós.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
·         THEODORO, Helena - Mulheres Negras no Brasil e no Mundo (Mulher Negra Texto) thttp://www.casadeculturadamulhernegra.org.br/mn_mn_t_histo01.htm
Acesso em 29/11/2011

Postado por Rafaela Fávero.

Resumo das 4 Unidades do Módulo 3

O Módulo 3  traz o tema, Políticas Públicas e Raça e está desdobrado em quatro unidades. Na 1ª unidade pode-se refletir sobre a “Construção histórica da idéia de raça”.  Na 2ª unidade reflete-se sobre “O percurso do Conceito de raça no campo de relações raciais. A 3ª unidade  traz o tema: “Desigualdades raciais e realização socioeconômica: uma análise das mudanças recentes”.     Já a 4ª unidade  reflete o “Movimento Negro e Movimento de Mulheres Negras: uma Agenda Contra o Racismo”.

A introdução do Modulo 3 coloca uma questão fundamental:  O fim da escravidão no Brasil, atrasado em relação ao mundo, não significou nem reconhecimento nem reparação das inúmeras perdas que foram impostas à população negra.  Essa questão é importante para despertar a consciência crítica a respeito das desigualdades raciais no Brasil, a qual nada tem a ver com aspectos biológicos do homem e da mulher.  No início do século XXI, no nosso país, a igualdade racial é uma quimera.” Como dizem, os tambores e o samba (expressões negras de letra, som e ritmo) estão “livres do açoite das senzalas, presos na miséria das favelas”.

Oportuno colocar alguns aspectos dos indicadores sociais: No Brasil a freqüência de homicídios contra a população negra aumentou de 24.763 vítimas de assassinatos para 29.583 entre os anos de 2000 e 2006, segundo dados do Ministério da Saúde. São as negras e os negros que vivenciam as piores posições no mercado de trabalho, maior taxa de desemprego ou de trabalho informal. Outro dado: O setor saúde apresenta taxas de morte materna de mulheres negras, por causas evitáveis, seis vezes maiores do que as brancas, o que eleva as taxas de mortalidade das mulheres neste ciclo específico da vida – o da reprodução, a patamares inaceitáveis.

A leitura da unidade traz a certeza de que a idéia de raça não tem origem na origem humana, pois Deus, Criador de todos/as nós, deu origem apenas à humanas/os, tudo mais no universo tem outro qualificativo: constelação, cardume, manada, bando, boiada, silvestres, etc. Isso significa um pensamento convergente com a postura bíblico-religiosa, fundamentado em Gênesis 1, 27, expressa que o ser humano deve ser tratado como homem e mulher, com muita dignidade, até por uma ordem Divina.

Certo é que, para pessoas religiosas a vida de fato veio de Deus, porém para outras, a vida humana tem origem na evolução das espécies, neste sentido, uma pergunta não pode deixar de ser feita: Quem originou a vida humana sobre a terra (Deus, na teoria religiosa e/ou evolução das espécies, na teoria da evolução) teria originado já com subdivisões? Á medida que  se lê esses textos, tem-se a certeza de que ao longo da história, o homem e a mulher transformaram a nomeclatura ‘tribos’ em ‘raça’, pois assim (em tribos), os povos se organizavam e viviam, formando núcleos familiares.

Então, com a evolução da sociedade pode-se também acumular muito ‘lixo’. A idéia de raça que foi construída nas ciências naturais até o século XIX, disseminando o racismo por toda a parte do mundo, é uma praga para a humanidade. Essa mesma idéia foi repensada nas ciências sociais, na Antropologia em particular, a partir do século XX. Como se vê, o avanço das tecnologias e da comunicação traz, junto com os benefícios para a vida humana, muitos aspectos negativos, como a discriminação racial e a exclusão. Isso é ‘lixo’ humano produzido pelos brancos/as e pelos poderosos/as da sociedade.

A leitura da unidade 2 foca na evolução do conceito de raça a partir da Abolição da Escravatura, em 1888, para deixar claro como se deu o percurso do conceito de Raça no Campo de Relações Raciais no Brasil. Com o advento da Lei Áurea, em fins do século XIX, em que tornou escravos/as em cidadãos/ãs, movimentos sociais, surgiram, possibilitando também a origem de movimentos negros.

Muitos cientistas começaram a pesquisar e estudar as questões raciais no Brasil e no mundo, ao mesmo tempo, esses estudiosos pensaram na conceituação de raça, do ponto de vista biológico e sociológico, já que desde a chegada dos europeus/eias às terras brasileira, estabeleceu-se uma questão separatista a partir da cor. O que estava em discussão no debate do final do século XIX no Brasil era a possibilidade de pensar um “povo brasileiro” que fosse viável no que diz respeito a suas origens raciais. Esse modo de pensar perpassa o século XX. Gilberto Freire, em Casa Grande & Senzala, Pensou: “Todo brasileiro, mesmo o alvo, de cabelo louro, traz na alma quando não na alma e no corpo, a sombra, ou pelo menos a pinta, do indígena ou do negro”.

A partir do pensamento de Gilberto Freire, firma-se o pensamento de que é realmente inviável pensar um povo brasileiro que não tenha nas suas origens o sangue indígena ou negro. Os brancos/brancas Europeus/éias fizeram acontecer uma população miscigenada e desde então procuram dizimar esta mesma população. De fato, estamos em pleno século XXI, assistindo, no palco da vida, a esse espetáculo ridículo e deprimente.  É preciso reinventar as armas ideológicas para erradicar essa situação degradante da vida dos negros/as ou do contrário, estaremos a cada dia imersos/as numa grande contradição, que é não avançar na questão dos direitos humanos, nessa era da comunicação, da ciência e da técnica. O momento é-nos favorável.

A partir da leitura da Unidade 3, destaca-se alguns conceitos que redefiniram as desigualdades de gênero e raça/cor que decorreram através de dados demográficos, tendo como estimativa a inserção do homem e da mulher negra na educação, no mercado de trabalho e da mulher negra como referência e provimento da família. Através de um processo histórico a população brasileira caracteriza por uma pluralidade étnica, inseridos nos seguintes grupos de raça: branca, negra e parda/ indígena. Isso favoreceu a construção de um país miscigenado e cultural. A partir desta acepção se acentuaram a desigualdade, levando a formação de hierarquia de classe. Os negros se encontraram discriminados e na maioria das vezes em situação de marginalidade e exclusão social.

Relacionando aos dados estatísticos do IBGE, a educação, a taxa de analfabetismo, escolarização e anos de estudos ainda são insignificantes pela desigualdade. De acordo com os estudos, frequentar a escola, significa oportunidade de emprego e salários melhores independente da faixa etária. Entretanto, a população negra teve um avanço, principalmente no ensino superior através das politicas de inclusão (processo de redução das desigualdades raciais oferecendo cotas, cursinhos), mas as desigualdades ainda são marcantes.
Outro quadro é o mercado de trabalho, podemos perceber claramente a discriminação racial e sexual, a maioria dos trabalhadores negros conta com até dois salários mínimos no rendimento mensal, comparando com o branco que recebe exercendo a mesma atividade o dobro, e a jornada de trabalho também é maior, principalmente no serviço doméstico, e na maioria das vezes executado pelas mulheres negras. Os homens negros permanecem com a força física na construção civil, e na administração pública ele é minoria, os negros incluindo homens e mulheres ainda continuam menos protegidos no setor previdenciário, a maioria não possuem carteira assinada, vivendo do mercado informal, e o grande número de pessoas negras vivem em situação de desemprego.

De acordo com os estudos demográficos, não podemos olvidar que as conquistas das mulheres foram significativas nos dias atuais. A maioria delas hoje é a referência da família, isto é, provimento dos filhos, o que anteriormente este titulo era para mulheres viúvas ou separadas. Houve um aumento significativo também no acesso as escolas, atualmente elas concentram com mais escolaridade do que os homens. Com a expansão da escolaridade aumentaram a presença das mulheres no mercado de trabalho, principalmente as casadas e mais velhas, no momento elas ocupam espaço nas vendas de produtos, saúde, educação e emprego doméstico. Infelizmente, ainda destacamos que as mulheres negras ainda apresenta um desempenho baixo, e a maior parte ocupa no mercado de trabalho a função de trabalhadora doméstica, isto inclui a baixos rendimentos, ausência de escolaridade e um dos meios de sustento a família, sendo que na superioridade das conquistas das mulheres destacam as brancas.

A unidade 4, vale ressaltar que o movimento negro surgiu no inicio do século XX, nesse período, surgiu também manifestações preconceituosas que impediam a população negra exercerem seus direitos sociais e civis. No contexto do associativismo, o primeiro ciclo de mobilização do movimento foi a Frente Negra Brasileira- FNB (1931- 1937), esse movimento abordou a politica antirracista e a integração de negros na sociedade de classe. Esse movimento trouxe para a sociedade negra uma visão acirrada de igualdade, fazendo com que os valores pessoais propendessem à transformação de uma ação democrática, voltada para a igualdade. Por volta dos anos de 1940, o regime politico ofereceu ao movimento negro mais abertura para as manifestações civis. Neste período surgiram duas entidades: a União dos Homens de Cor- UHC e o Teatro Experimental do Negro- TEN, este foi considerado o segundo ciclo de mobilização que lutou também pela igualdade racial em nosso país, em busca da representação do negro.

 O último e mais recente ciclo de mobilização negra iniciou em meados de 1970, este movimento era construído de uma identidade negra que cultivava os espaços de sociabilidade de negros tanto em locais públicos como privados, ou seja, foi à face da inserção do negro no meio social. Desde os anos de 1980, a mulher no Brasil decorre na busca de uma interseção de um movimento antirracista e antissexista. Estes movimentos de mulheres negras propiciaram a articulação das esferas locais e globais voltados aos recursos econômicos e políticos. A presença das mulheres negras nos espaços públicos propiciou a produção de um quadro de desigualdade de raça e de gênero em diferentes instâncias da vida social- educação, trabalho e política. Adiante vemos que o ativismo negro foi estabelecido por estratégias de ampliação de espaços, tanto na esfera civil quanto na estatal, à medida que promovia com os demais movimentos sociais a democratização.

Entretanto, a partir da Constituição de 1988, nota-se que as conquistas do movimento negro abriram espaço para o ativismo negro, uma vez que se voltaram para as ações de implementação de politicas direcionadas a população negra. O movimento negro visa à reforma democrática em favor da igualdade de direitos e pluralismo étnico racial, ou seja, eles buscam a não discriminação dos negros em locais públicos e privados, à redução da desigualdade racial nos diversos âmbitos, incluindo o trabalho, a educação e a saúde.

O Estado Democrático de Direito no Brasil, estabeleceu que o movimento negro disputava conceitos de democracia, principalmente a ideia de universalidade, liberdade e igualdade, participação e representação politica. Atualmente, o país tem se mobilizado no sentido de oferecer cursos de formação para a educação de étnico – raciais, instituiu o Ensino de História e Cultura da África e dos Afro-brasileiros, em busca de combater o preconceito racial na cultura formal na formação dos brasileiros.

De tudo que foi relatado fica a certeza da incansável luta cidadã pela igualdade racial e o respeito pela pessoa, não importando a condição. Esta é uma missão contínua do cidadão/ã de bem; Missão das ONGs e instituições, no sentido pressionarem governos a elaborarem políticas públicas que atenda rápido a esse tipo de população que sofre a 500 anos.

Postado por Neliane Reggiani Andrade e Antonio Paulo Mascarenhas França.


Heróis da Revolta do Queimado

Vila de SÃO JOSÉ DO QUEIMADO, Serra, ES, Brasil

Queimado é um Distrito da Serra, Espírito Santo, Brasil e no dia 19/03/1849, foi palco de uma Insurreição de negros escravos.
São participantes da Insurreição de Queimado, os seguintes Negros, verdadeiros heróis em busca de liberdade:
 
A INTELIGÊNCIA DE ELISIÁRIO
 
Elisiário Rangel foi o Chefe do Motim, um dos líderes da Insurreição. Escravo de Faustino Antônio Alvarenga Rangel. Destacava-se pela inteligência, já que Faustino Rangel lhe proporcionara a oportunidade de ler e aprender ofício de Carpinteiro. Estava sempre reunido com o Frei Gregório Maria Bene e dele recebia ensinamentos religiosos e ideais de liberdade, já que o Frei, Italiano de nascimento, era contra a escravidão.
Foi preso. Na cadeia liderava os negros, para que não se abatessem e rezassem sempre. Misteriosamente fugiu da cadeia de Vitória. Tornou-se uma lenda, pois, mesmo perseguido pelas autoridades policiais, não foi mais encontrado, passando a ser um herói entre os negros que almejavam a liberdade. A sua fuga foi cantada em prosa e versos como um "milagre de Nossa Senhora da Penha", já que não houve vestígios de arrombamento na porta da prisão e o carcereiro, ao ser preso após a fuga, admitira que fora tomado de "um sono profundo."
Segundo a escritora Maria Stella de Novaes, Elisiário "morreu isolado nas matas" e, segundo outros historiadores:
"Morreu feliz nas graças da Virgem Nossa Senhora da Penha, com um agrupamento de negros fugitivos, nas matas do Mestre Álvaro  e do Mouchuara."
Pesquisas revelam que Elisiário e um grupo de negros fugitivos seguiram para uma região após o Morro do Mouchuara, em Cariacica, formando o povoado denominado de Piranema.
 

A FORÇA DE CHICO PREGO
 
Chico Prego, herói da Revolta dos Negros Escravos do Queimado. Foto de Clério José Borges e Tomaz dos Santos Silva. IGREJA DE SÃO JOSÉ DO QUEIMADO
1-     Francisco de São José, o Chico Prego. Escravo de Ana Maria de São José. Era um dos Chefe da Insurreição.
O Chico vem de Francisco e a palavra Prego tinha sentido pejorativo pois se referia a uma espécie de macaco da região do Amazonas.
Enquanto Elisiário destacava-se pela inteligência, Chico Prego, negro alto e forte, liderava pelo seu espírito de luta, por sua coragem. Foi preso e condenado à morte na forca.
Preso, Chico Prego foi levado para a Serra, viajando a pé, as seis léguas. Na Serra assistiu a construção do patíbulo. Na data e hora marcada, percorreu as principais ruas da Serra ao som de um tambor surdo e sinos da Igreja. O cortejo parava de momentos em momentos para que fosse lida a sentença. Defronte à forca, recebe a última unção religiosa. De mãos atadas sobe as escadas do patíbulo. O carrasco Ananias passa-lhe a corda em redor do pescoço e impele o negro para o espaço, fazendo pressão sobre os ombros para maior pressão da corda. Cinco minutos depois a corda é cortada. O corpo cai no chão e o negro ainda agoniza. O carrasco Ananias com um pedaço de pau, esmaga-lhe o crânio, os braços e as pernas.
O relato com detalhes da morte de Chico Prego, Herói da Liberdade na Serra, encontra-se na obra "A Insurreição de 1849 na Província do Espírito Santo", de Wilson Lopes de Resende, do Colégio Estadual "Muniz Freire", tese aprovada no IV Congresso de História Nacional. O livro é das Edições Itabira, Cachoeiro de Itapemirim, 1949, página 15 e 16.
Chico Prego foi executado na sede da Vila de Nossa Senhora da Conceição da Serra, no dia 11 de janeiro de 1850, "nas proximidades da Igreja, para servir de exemplo."
Sobre o local exato onde Chico Prego foi enforcado na Sede do Município, historiadores informam ter sido a pracinha, onde hoje, em 1997, está construída a Praça Ponto de Encontro.

JOÃO DA VIÚVA

João Monteiro, o João da Viúva. Escravo de Maria da Penha de Jesus, a viúva Monteiro. Foi também um dos líderes da Insurreição e condenado à pena de morte.
Consta que no Julgamento disse ser inocente, e que o culpado era o frei Gregório de Bene, que prometera liderar o movimento de liberdade e no momento mais importante, escondera-se dos negros.
Suas declarações são relatadas por carta pelo cônego Francisco Antunes Siqueira, advogado nos autos do processo, ao Presidente da Província, Felipe José Pereira Leal, em 10 de janeiro de 1850.
O escravo João da Viúva foi executado em Queimado, na forca, às 6 horas da manhã, do dia 8 de janeiro de 1850, três dias antes da execução de Chico Prego na sede da Vila da Serra.
 
Saiba mais sobre a Revolta do Queimado em: http://www.clerioborges.com.br/heroisdoqueimado001.html

Postado por Núria Rodrigues Costa.

Mulheres negras no século XIX: entre a submissão e a rebeldia

Este artigo apresenta os resultados de uma investigação sobre a condição social das mulheres negras em Mato Grosso, no século XIX e averigua em que medida a situação social feminina e negra se outras
categorias sociais. Pretende-se demonstrar que as mulheres negras participavam da sociedade escravocrata tanto na condição de escrava quanto de liberta com demandas específicas e maneiras próprias, dada sua condição específica no quadro daquela sociedade. Parte-se do pressuposto de que na sociedade brasileira do século XIX cada um dos segmentos vivia de forma específica. A condição das mulheres negras não era similar a das mulheres brancas: sobre as mulheres negras escravizadas pesava o fardo de ser escrava dos desejos do homem branco e vítima dos ciúmes das suas senhoras brancas e a essa dominação de gênero somava-se as influências de pertencer a uma raça considerada inferior, além da condição econômica servil.


Postado por Katiane Fabres Cunha.

A nossa consciência negra

O Dia da Consciência Negra, 20 de novembro, é feriado em várias cidades e data oficial do calendário escolar brasileiro. A data, tema de diversos eventos pelo país, lembra o dia em que foi assassinado, no ano de 1695, o líder Francisco Zumbi, do Quilombo dos Palmares, herói e um dos principais símbolos da resistência negra à escravidão. Havia em Pernambuco, Minas Gerais, Bahia e outros estados cerca de 700 quilombos, 2600 comunidades remanescentes e milhares de insurreições que lutaram contra o jugo dos senhores de escravos, período que o sociólogo Clovis Moura definiu como modo escravista colonial ( MOURA, 1994). Em 1971, ativistas do Grupo Palmares, do Rio Grande do Sul, chegaram à conclusão de que o dia 20 de novembro tinha sido a data da execução de Zumbi e estabeleceram-na como Dia da Consciência Negra. Em 2003, a lei 10.639, sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, estabeleceu a data como parte do calendário escolar. Mas, apesar dessa agenda de eventos para celebrar a negritude, a nossa consciência negra é fenômeno novo dentre as várias manias adotadas pelo povo.


Postado por Katiane Fabres Cunha.

A História de Zacimba Gaba – Princesa, Escrava, Guerreira



Há cerca de trezentos anos, o fazendeiro português José Trancoso arrematava, no Porto da Aldeia de São Matheus, na Capitania do Espírito Santo, “com cerca de mais de uma dúzia de negros d’Angola”, uma “negrinha de feições finas e olhos esfumaçantes”, sem imaginar, por certo, que estava levando para a sua fazenda – uma sesmaria de terras que ultrapassava o rio Mucuri, “há umas seis léguas para o norte” – a “negrinha” que iria ser uma das precursoras nas lutas dos negros contra o regime de escravidão na região.
A Aldeia de São Matheus, já nessa época, atraía os habitantes das mais variadas regiões do Brasil, distantes ou não de seu porto de “próspero comércio de escravos d’Angola”, e, como tal, seus limites ao norte, com a Capitania de Porto Seguro, iam até o rio Mucuri – maior acidente geográfico entre as duas Capitanias. Constantemente, fazendeiros ultrapassavam esses limites estendendo seus domínios até o Vale do Cricaré, cujo rio de águas mansas e esverdeadas se enrosca como uma serpente nas encostas de barrancas que produzem uma liga que o gentio transformava em tinta para adornos, tendo, mais tarde, o colonizador utilizando-a, também, na pintura de suas casas.


Postado por Núria Rodrigues Costa.

Negro Rugério

Negro Rugério – Farinha de mandioca e chicote

 
Para os negros do povoado de Sant’Ana, em Conceição da Barra, que um dia produziram a farinha de mandioca de melhor cotação nos mercados do país.
A formação social e econômica dos quilombos existentes no Brasil da escravatura estabelecia regras e conceitos de acordo com os seus líderes, mas, em linhas gerais, possuía a mesma forma de organização cooperativista que possibilitava uma economia de abundância, contrastando com a vida miserável da maioria da população que vivia no restante do país.
Os negros escravos, ao fugirem das grandes fazendas, se aquilombando nos matos, adotavam a economia de subsistência, de “pequenos roçados”, produzindo “de tudo para o sustento da família e das criações”. Isso provava que, quando não eram obrigados a cultivar grandes lavouras sob as ordens dos feitores e as constantes ameaças dos ferros, eles prosperavam a ponto de assustar a aristocracia rural, que via nessa forma de uso do solo, baseada na economia familiar, uma ameaça aos latifúndios escravistas, que pouca ou quase nenhuma vantagem ofereciam aos seus escravos.

Continue lendo essa história em: http://paixaocapixaba.com.br/?p=5344

Postado por Núria Rodrigues Costa.


A luta pela emancipação da mulher

No site http://www.lunaeamigos.com.br/aconteceu/mm_lutapelaemancipacao.htm tem vários  fatos que marcaram a luta das mulheres em diversas gerações em busca de sua independência e garantia de seus direitos. Acesse e veja a importância desses fatos para os movimentos feministas na busca da igualdade da mulher na sociedade.

Postado por Núria Rodrigues Costa

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Campanha Estadual Contra o Extermínio da Juventude Negra

O Espírito Santo convive com os piores indicadores na área da Segurança Pública. Estudos revelam que a juventude negra é a principal vítima de homicídios. Além disso, jovens negros/as sofrem cotidianamente com a ausência de políticas públicas e ações afirmativas que poderiam possibilitar uma nova perspectiva em suas vidas.
Essas questões não aparecem como fatores isolados em nossa sociedade, mas sim evidenciam um fenômeno que é denominado como o Extermínio da Juventude Negra.
Dessa forma, o FEJUNES lançou em 13 de maio de 2008, dia da falsa Abolição da Escravatura, a Campanha Estadual Contra o Extermínio da Juventude Negra, no intuito de denunciar essa realidade e cobrar medidas para reverter esse quadro.
A Campanha pretende mobilizar a juventude negra e o conjunto da sociedade ao engajamento político para consolidação de um processo de resistência contra o extermínio.
Dentro da Campanha, o Fórum, com a ajuda de parceiros, realiza diversas ações que contam com a participação direta de diversos setores juvenis e das lutas sociais.

Continue lendo : http://www.fejunes.org.br/acoes/
Postado por Núria Rodrigues Costa.

Fejunes (Fórum Estadual da Juventude Negra do Espírito Santo)

Assim como seus membros, o FEJUNES — Fórum Estadual da Juventude Negra — é um jovem batalhador. Seu nascimento aconteceu em Colatina, no dia 30 de setembro de 2007, quando as presentes no II Encontro da Juventude Negra do Espírito Santo - II ENJUNES elegeram a coordenação responsável por encaminhar as primeiras atividades do fórum recém nascido e contruíram o seu plano de ações e o manifesto de lançamento.
O FEJUNES é fruto da aglutinação de jovens comprometidas com a transformação social e tem como objetivo organizar a Juventude Negra do Estado do Espírito Santo numa perspectiva autônoma, afrocentrada, quilombola, militante, protagonista, democrática, combativa e de resistência, na luta anti-racista, contra qualquer forma de opressão e pela Emancipação do povo negro.
De lá pra cá, o FEJUNES se consolidou como espaço de discussão, acúmulo e proposição, buscando ampliar e melhorar sua atuação através da tentativa constante de angariar novas militantes, do processo de formação intelectual marcado pela troca de conhecimento entre membros e parceiras e pela atuação conjunta com outras entidades e movimentos sociais.

Saiba mais sobre esse projeto no site http://www.fejunes.org.br.

Postado por Núria Rodrigues Costa.

PERCEPÇÕES SOBRE A VIOLÊNCIA DOMÉSTICA CONTRA A MULHER NO NOROESTE DO ESPÍRITO SANTO EM 2011.

O grupo de estudo da Pós Graduação em Políticas Públicas em Gênero e Raça em caráter de informação do blogfólio “Segurança da Mulher: A Verdade Nua e Crua” criado pelos membros do grupo realizou pesquisa de opinião, em outubro de 2011, sobre as percepções das mulheres a respeito da violência contra as mesmas.

PERFIL DA AMOSTRA
  • IDADE (%)

16 a 24
Anos     _________ 19 %

25 a 29
Anos    _________  22%






30 a 39      
Anos   _________    25%

40 a 49     
Anos   _________    21%



 
50 ou +     
Anos   _________    13%


  •   ESCOLARIDADE (%)
 
Até a 4a
Série      ____________       12%

Até a 8a
Série      ____________       14%

Ensino Médio
Completo   _________         34%

Ensino Médio
Incompleto   ________         19%

Curso
Superior  ___________        21%

AGENDA DAS PREOCUPAÇÕES FEMININAS
           
  •   Educação;
  •  Formas de evitar filhos;
  • Legalização do aborto;
  • Violência Contra a mulher em casa;
  • Violência Contra a mulher fora de casa;
  • Questões financeiras

GRÁFICOS REFERENTES À AGENDA DE PREOCUPAÇÕES

  •         EDUCAÇÃO:
- Número de Mulheres que em algum momento pararam os estudos:



 
Sim   _________      63%




 
Não   _________      37%

 
  •  MATERNIDADE:
·        - Quantidade de filhos por mulher entrevistada:



 
Nenhum    _______________    12%



 
1 filho         _______________    31%



 
2 filhos       _______________    36%



 
3 filhos       _______________    16%



 
4 filhos      _______________      4%

+ de            _______________     2%
4 filhos    
·          
     - Mulheres que usam algum tipo de método contraceptível



 
Sim       _____________    78%



 
Não       _____________   22%

  • PRECONCEITO E QUESTÕES FINANCEIRAS

·        - Mulheres que acreditam sofrer preconceito no trabalho por ser mulher (sendo elas: vendedoras e empregadas domésticas



 
Sim   ______________    70%



 
Não   ______________   30%

·        - Mulheres que acreditam que a mulher negra sofre mais preconceito do que as outras



 
Sim    ______________   98%



 
Não    ______________    2%

·        - Mulheres que afirmam ou não que o marido ajuda nas tarefas domésticas:






Sim   __________     20%



 
Não   __________     80%

·        - Mulheres que contribuem financeiramente em casa:



 
Sim   ______________    92%



 
Não   ______________    8% (cuidam do lar)


  • VIOLÊNCIA CONTRA MULHER

·        - Mulheres que admitiram ou não, ter sido agredida por seus companheiros (as)




 
Sim    ___________   36% (fisicamente ou psicologicamente)



 
Não    ___________    64%

·        - Mulheres que admitiram ou não, ter denunciado o agressor



 
Sim   ___________   30% (fisicamente ou psicologicamente)



 
Não   ___________   70% 

Postado por Núria Rodrigues Costa e Rafaela Fávero.